O jurista
Um homem com conhecimento.
Em 2018 tive a oportunidade de despertar como cidadão que se preocupa com o destino do país.
Sem a necessidade de um "político de estimação", pude acordar e ver que se nós mesmos não começarmos a nos importar com a escolha dos nossos governantes, a escolha daqueles que, de certa forma, vão ditar nossos caminhos, caminharemos simplesmente como gado.
Desde o meu "despertar", tive a sensibilidade de perceber que eu precisaria de ajudar a formar minhas opiniões e minha bagagem que seria a base de consulta na "pesagem" da decisão e escolha de bons líderes.
No mundo todo tivemos diversas personalidade que podem ser enquadradas como "Líderes exemplares", homens que deram a vida por uma nação e por um povo.
Mas e hoje, quem são nossos faróis que podem nortear os caminhos da sociedade?
É fato que a polarização tem crescido exorbitantemente, o que tem ajudado cada vez mais a fazer com que a humanidade volte a agir como tribos não civilizadas.
Ainda há tempo.
Para poder enriquecer essa minha "bagagem", não precisei ir tão longe. Em uma nação tão grande como o Brasil, claramente teríamos diversas mentes esclarecida e bem fundamentadas.
Uma dessas mentes, certamente é a de um advogado.
Não um advogado qualquer, desses que se denominam "Doutores", apenas por um simples papel assinado durante a monarquia brasileira.
Não se trata de um advogado que, como acontece muitas vezes em cidades menores, se sente dono da razão e da verdade. O "deus olímpicos" que precisa viver entre meros mortais em meio as ruas.
Um homem que, além de advogado, é professor, membro da Academia Brasileira de Filosofia, mas teve um destaque grandioso como jurista.
Ives Gandra Martins, dignamente, Doutor Ives Gandra.
O encontrei, não por ser pai de um Ministro do TST ou de uma advogada que é Secretária da Família na Esplanada dos Ministérios.
Nem mesmo por ele ser irmão de uma dos, se não o, maior pianista e maestro brasileiro, João Carlos Martins.
Este homem, foi um dos advogados que fizeram parte da Assembleia Nacional Constituinte.
Exato! Ele estava lá durante o desenvolvimento da nossa Constituição de 1.988.
Em tempos onde muitos deputados, quando contrariados, recorrem ao terceiro poder; em tempos onde, muitas das vezes, ouvimos que determinadas ocasiões e situações são "inconstitucionais", o Doutor Ives Gandra estava lá, no decorrer das discussões que estruturaram de fato a Constituição que guia de fato a nação.
Ouvi-lo para poder criar uma base de conhecimento foi essencial para poder ter uma visão reta dos caminhos constitucionais.
O que mais me assusta, e na verdade até mesmo me admira neste jurista, é a humildade e acessibilidade de alguém que, de certa forma, poderia considerar-se um "deus olímpico" por seu currículo e trabalhos produzidos.
Quando iniciei um podcast em 2.021, o nome dele estava entre nossos "Sonhos de Entrevista", recentemente tive a oportunidade de mandar-lhe um e-mail.
É claro que pude, antes de tudo, externar minha admiração por ele, em seguida, lhe fiz o convite para o bate-papo no ItaCast.
No dia seguinte fui surpreendido com a aceitação do convite e com palavras de carinho dessa ilustre figura.
Em breve poderei ter uma longa conversa com Ives Gandra Martins, o maior jurista brasileiro, exemplo de pai, esposo, profissional e de homem de fé.
No peito, a alegria de coexistir ao mesmo tempo com este homem. Maior alegria ainda, em poder conhecê-lo muito em breve.
A ele, meu respeito e admiração.
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