A construção de um novo mundo
A Guerra Fria nunca acabou!
As tenções entre Estados Unidos e Rússia nunca foram cessadas desde a ascensão da União Soviética no final de 1922.
Os norte-americanos sempre se sentiram ameaçados por esse “monstro” do Oriente que sempre teve poder econômico, político e territorial.
Após a Segunda Guerra Mundial, o mundo foi palco para a dança dessas duas grandes nações que traziam encarnadas em si ideologias completamente diferentes umas das outras.
Com início em 1947, a Guerra Fria assombrou o Planeta com uma guerra indireta entre os ianques e os soviéticos.
Ambas as nações brincavam de xadrez com pequenos países emergentes sendo seus peões.
A história nos mostra que durante e após a Segunda Grande Guerra existiram diversas alianças entre países para garantir sua segurança e proteção em tempos onde os temperamentos e diferenças ideológicas eram tão grandes.
Do lado dos EUA temos a OTAN, Organização do Tratado do Atlântico Norte. Do outro lado encontramos oficialmente apenas a grande Rússia.
Em um passado não tão distante contávamos com o Pacto de Varsóvia, porém, hoje, a Rússia tem seus aliados ligados a ela através de dependências energéticas principalmente.
Esse país conta com uma grande produção de gás natural, gás o suficiente para exportar para diversos países vizinhos, inclusive tendo os maiores gasodutos do mundo saindo dela e levando esse produto para seus “sócios”.
A OTAN já foi uma aliança extremamente forte, hoje conta com países relativamente fracos, que já não exercem mais tanta influência global.
O próprio EUA sofre com uma crise interna de identidade da própria nação.
Desde a Guerra do Vietnã o país já não é mais o mesmo.
A nação se encontra dividida em ideais e as eleições norte-americanas nos mostra isso cada vez mais forte.
Hoje os Estados Unidos já não pode mais ser considerado a única nação mais potente do mundo. China e Rússia são dois grandes que vem mostrando seu poder a cada dia.
Depois da queda URSS, a Rússia foi humilhada!
A tentativa de uma democracia não passou de uma vergonha para nação e essa vergonha só foi ressarcida com a eleição de Vladimir Putin, ex-agente da KGB, que trouxe novamente honra a um povo.
Putin reacendeu a economia do país e trouxe de volta ideias antiquíssimas de controle territorial e econômico.
Ele traz o nome “Vladimir” em homenagem a um santo, Vladimir de Kiev, neto de Santa Olga.
No final do século X, o príncipe de Kiev, Vladimir, conduziu uma série de reformas estatais, com o objetivo de fortalecer a sua própria autoridade. Uma dessas reformas consistiu na adopção da religião dominante na Europa - o Cristianismo.
Kiev hoje é a capital Ucraniana, porém durante um período da história, Kiev foi a capital Russa.
Esses dois países tem uma ligação histórica muito grande.
Qualquer semelhança entre o príncipe e o presidente Vladimir é mera coincidência, acredite.
O que o atual presidente deseja, aparentemente, é tornar a Rússia mais forte ainda novamente, trazendo a possibilidade de um acesso que os leve ao mar aberto através de um corredor territorial que passe pela Ucrânia.
Putin não teme mais o Ocidente. Ele pode ter um outro grande aliado, a China!
Os próximos episódios da “novela mundial” podem ser sangrentos. Mesmo com uma guerra que envolva apenas Rússia e Ucrânia, pode ser muito maior que a Segunda Guerra Mundial.
A certeza é uma:
O grande urso soviético nunca morreu, apenas embernou, se fortaleceu e agora está pronto para abrir um caminho sangrento até as rotas marítimas que vão tornar a Rússia muito maior e a Ucrânia, um país nada chamativo a ter como membro da OTAN ou qualquer outra aliança.
Joe Biden não terá poder o suficiente para defender os interesses americanos em não ter uma Rússia mais forte.
O nosso novo normal pós-pandemia não virá com causalidades dela mesmo, mas sim, com futuras guerras que nos aguardam.
São anos de relativa paz, algumas nações estão prontas para expandir e dominar.
Aguardemos essa construção de um novo mundo que está por vir.
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